11 novembro 2010

O PREJUÍZO DA MÁ TRADUÇÃO

“Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.3,4).

Embora eu não seja perito nas Escrituras, esse versículo sempre me pareceu mal traduzido – e, com o tempo, fui percebendo que outras pessoas também o questionavam. Isso não quer dizer que devamos descartar o Evangelho por uma parte que, talvez, não tenha sido interpretada adequadamente, uma vez que as sociedades que publicam a Palavra de Deus sempre estão corrigindo esse tipo de problema. Se assim não fosse, poderíamos dizer que há pessoas as quais nascem com incapacidade de andar, para que, um dia, sendo curadas, o Senhor seja louvado. No entanto, quantos nasceram nessa condição e assim morreram sem receber a cura?
Os sinais de pontuação do grego antigo não equivalem aos que utilizamos hoje, o que pode ter levado à incompreensão da passagem citada. Ao ser perguntado sobre quem havia pecado para que aquele homem nascesse cego, Jesus não entrou no mérito da questão, mas, indo direto ao assunto, disse que nem aquele homem nem seus pais tinham errado, e a cura dele dependia de que as pessoas fizessem a obra.
O questionamento levantado pelos discípulos era o que chamamos de “pergunta sem pé nem cabeça”, sem sentido algum. Como aquele cego poderia ter pecado sem ter nascido? Ora, a Bíblia nos ensina que, com a falta cometida por Adão, o mal entrou no mundo. Alguém pode dizer que eles acreditavam na reencarnação, mas isso a Palavra de Deus declara ser falso, tanto em Jó 7.9 como em Hebreus 9.27.
Certa vez, tive acesso a um exemplar da Bíblia com tradução feita em 1871 pelos monges beneditinos, da Bélgica, na qual fica claro o que digo. Há outros tradutores que interpretam deste modo: “Nem ele pecou, nem seus pais. Mas, para que a obra de Deus seja feita, é necessário que a façamos”. Quando descobri isso, meu coração se alegrou; afinal, outras pessoas também se interessaram em mostrar a verdade ao povo. Meu irmão, como pode Jesus, que é amor, querer que alguém nasça com alguma deficiência, a fim de que, um dia, ele seja curado e, assim, o Senhor receba o louvor? Eu sempre cri que o Mestre jamais faria isso!
Temos de realizar as obras de Cristo, pois, de outra forma, elas não serão concretizadas. É preciso entender que nós decidimos se o que o Senhor declara será feito ou não. Há, por sinal, muitos servos de Deus sem rumo, pois se preocuparam com questões materiais que outras pessoas podem realizar. No entanto, não temos de perder o nosso tempo com o que até quem não é salvo pode executar. Realizar a obra de Deus não é para todos, mas, sim, para os chamados. Estamos no tempo de milagres, porém, depois do Arrebatamento, o período de fazer a vontade divina acabará. Portanto, que você faça o que lhe for ordenado é a minha oração!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

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